terça-feira, setembro 08, 2009

Helen Keller

Um homem pode fracassar muitas vezes, mas só é um fracassado quando começa a culpar outra pessoa. (John Burroughs)
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Neste momento encontro-me em meu cantinho, pensativa, esperando a inspiração para escrever algo aproveitável a mim, e, aos meus hipotéticos leitores. Após uma rápida reflexão, eis que surgiu em minha mente o que seria o tema de hoje. Minha inspiração hoje levou-me a Helen Keller, uma mulher extraordinária, cega, surda e muda desde bebé que chama a atenção para a apreciação de nossos sentidos. Helen, apenas de posse do sentido do tato e uma perseverança inigualável, sob a orientação de Anne Sullivan Macy, pôde aprender a ler e escrever pelo método Braille, chegando mesmo a falar, por imitação das vibrações da garganta de sua orientadora, as quais captava com as pontas dos dedos. O esforço de sua mente em procurar se comunicar com o exterior teve como resultado o afloramento de uma inteligência excepcional, considerada a maior vitória individual da história da educação. Ela foi uma educadora, escritora e advogada de cegos. Tinha muita ambição e grande poder de realização. Ao lado de Sullivan, percorreu vários países do mundo promovendo campanhas para melhorar a situação dos deficientes visuais e auditivos. Helen Keller, é considerada uma das grandes heroínas do mundo. Ela alterou nossa percepção do deficiente. Ela escreveu o seguinte: "Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe ensinaria as alegrias do som". E um dos ensaios mais significantes que Helen nos deixou foi: Às vezes o meu coração anseia por ver tudo aquilo que só conheço pelo tato. Se eu consigo tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse ver, digamos, por apenas três dias. O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebé, para poder ter a visão da beleza ansiosa, inocente e gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus dois cães. À tarde daria um longo passeio pela floresta, contagiando meus olhos com as belezas da natureza e rezaria pela glória de um pôr de sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir. No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrada, o magnífico panorama de luz com que o sol desperta a terra adormecida. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. A noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. No terceiro dia, a cidade seria meu destino! Iria aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajaria pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. Meus olhos estariam sempre abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu pudesse descobrir como as pessoas vivem e trabalham, para compreendê-las melhor. À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixara de apreciar. Assim usemos nossos olhos como se amanhã fossemos perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos. Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fosse ficar surdo. Toque cada objecto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentisse aromas nem gostos. Usemos ao máximo todos os sentidos.. Apreciemos todas as variedades da beleza que o mundo nos revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza! É uma bonita ideia, esta que hoje me ocorreu não é? Dou GRAÇAS A DEUS, por ter-ma inspirado
Lylybety

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