domingo, setembro 25, 2011

DESABAFO DE UMA SENHORA IDOSA

"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exactamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "

"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.

Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebés eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas eléctricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a electricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos directamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de lónibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a actual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?









SINTO VERGONHA DE MIM - Poesia de Rui Barbosa

Sinto vergonha de mim

por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.


Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.




Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás e mudar o futuro.


Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.


Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.


Rui Barbosa

quarta-feira, setembro 14, 2011

VOE MAIS ALTO!!!!!!!!!

Logo após a 2ª Guerra Mundial, um jovem piloto inglês experimentava o seu frágil avião monomotor numa arrojada aventura ao redor do mundo.
Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos da Índia, ouviu um estranho ruído que vinha de trás do seu assento.


Percebeu logo que havia um rato à bordo e que poderia, roendo a cobertura de lona, destruir o seu frágil avião.


Poderia voltar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo, perigoso e inesperado passageiro. Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas.


Voando cada vez mais alto, pouco a pouco cessaram os ruídos que quase colocaram em perigo a sua viagem. Moral da estória:
Se o ameaçarem destruir por inveja, calúnia, maledicência, diz que diz. voe mais alto.
Se o criticarem, voe mais alto...
Se fizerem injustiças para consigo, voe mais alto!!!
Lembre-se sempre que eles não resistem às grandes alturas ...
Autor Desconhecido

sexta-feira, setembro 09, 2011

CORAÇÕES CORAJOSOS

"Todo o nosso descontentamento por aquilo que nos falta procede da nossa falta de gratidão por aquilo que temos" Daniel Defoe







Um grupo de 200 aposentados japoneses, engenheiros em sua maioria, está se oferecendo para substituir trabalhadores mais jovens no perigoso trabalho de manutenção da usina nuclear de Fukushima, que foi seriamente afetada pelo terremoto de quatro meses atrás. Os reparos envolvem altos níveis de radioatividade cancerígena, como se sabe.


Em entrevista à BBC, o voluntário Yaseturu Yamada, de 72 anos, diz que tem procurado convencer o governo sobre as vantagens de se aceitar a mão de obra da terceira idade.


Conclui ele: “Em média, devo viver mais uns 15 anos. Já um câncer vindo da radiação levaria de 20 a 30 anos para se manifestar. Logo, nós que somos mais velhos temos menos risco de desenvolver a doença.”


Ou seja: cidadãos que estão na faixa entre 60 e 70 anos, muitos deles inativos, querem dar sua última contribuição à sociedade e, ao mesmo tempo, liberar os jovens de um trabalho que lhes subtrairia muitos anos produtivos de vida, enquanto que, para homens de idade mais avançada, não haveria diferença significativa.


Essa é uma notícia que deve fazer refletir a todos nós. Não se trata apenas de generosidade, mas de consciência. Os idosos japoneses não estão sendo bonzinhos, e sim exercendo o sentido de responsabilidade, que a eles é muito comum. Estão pensando na sociedade como algo que só funciona em conjunto, e não individualmente. Acredito que quando a gente faz o bem para si mesmo, com ética e respeito à lei, sem ônus para nossos pares, está fazendo também o bem para todos, mas não basta: é preciso ir além, desconectar-se das vantagens pessoais para pensar no futuro, no que temos para doar em benefício daqueles que têm mais a perder.


Um jovem de 18 anos pode contrair câncer aos 38 se trabalhar numa usina nucelar acidentada. A sociedade japonesa perde se abrir mão da força de trabalho de cidadãos de 38 anos. A família japonesa também. É essa visão macroscópica da funcionalidade que faz evoluir um país. Dizem que a gente fica com o coração mole à medida que o tempo passa. Não é por causa de coração mole que esses aposentados japoneses estão se candidatando a um trabalho insalubre.


É porque estão acostumados a transformar intempéries em oportunidades, tanto pessoais quanto coletivas, sem distinção.


Coração mole tenho eu que me emociono ao ver como seria fácil ser grande, se tivéssemos a grandeza necessária!
Lylybety



terça-feira, agosto 30, 2011

AMIGOS? CONSERVE-OS

Passados mais de  6anos,                                         
eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.


Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
Mas..... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto
tempo e quantos quilômetros estejam entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade,
torcendo por você, intervindo a seu favor e esperando você de braços abertos;
abençoando sua vida!
Todos nós, quando iniciamos esta aventura chamada vida, não
sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante,
nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.
Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas,
alegria e festa. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.













sábado, agosto 27, 2011

RENOVE-SE


Reconheça a pessoa especial, forte, talentosa(o), guerreira(o) e poderosa(o) que você se transformou
Sinta-se renovado, preparado e potencializado no dia de hoje.
Isso mesmo, sinta tudo isso e vá em frente.
Chegou a hora de encarar uma nova etapa, pois é tempo de se refazer e, se for preciso, sair das cinzas!
Você pode, você é capaz!  Você merece!
Retome todos aqueles antigos e bons sonhos e dê a você mesmo mais uma oportunidade.
Agora é a sua hora de recomeçar para fazer florir a sua vida. Viva de novo, mas de uma maneira diferente, do seu jeito!
Hoje não é nenhuma data especial e nem precisa ser para celebrar a vida.
Mas você está se encontrando um pouco mais com você e percebe que pessoa especial, forte, talentosa e bonita você é! Vamos! Bote fé em si mesmo!
Ponha fé nessa criatura linda, competente e guerreira que você sabe que é! Um novo ânimo, tá? Tenha mais esperança, mais alegria e mais amor!
E para conquistar isso basta um estalar de dedos. Basta querer.
É uma questão de jeito que você sabe que tem. E vontade nunca lhe faltou, certo?
Festeje, celebre e comemore por ter chegado até aqui.
Esse ser maravilhoso e que venceu tantas batalhas se transformou, agora vale ouro! Vale muito! É tudo de bom!
É 10 porque está no caminho certo! Valorize-se mais, ok?
Nunca mais se compare a ninguém. Não vale a pena! Você é único! Explore mais as suas possibilidades, tá?
E comece a se perguntar mais: "O que é possível?"
E transforme seus sonhos em realidade porque você merece e sabe que pode e que merece.
Lembre-se sempre que a prosperidade está te esperando.
O seu íntimo deve refletir isso no seu sorriso de hoje













sexta-feira, agosto 19, 2011

VIDA E MORTE NO SANATORIO, ENTRE 1944 E 2009





Olá amigos, Feliz Ano Novo para todos. Pois é, tenho andado meio preguiçosa, mas hoje, venho aqui colocar o relato de 2 casos nada de especial, mas que são testemunhos, de fé, e de descrença, com as consequências que daí podem advir. Este tema foi sugerido pelo nosso amigo Ice, e esta é a minha história, verídica, e que eu acompanhei de muito perto, vamos lá então
Vida e morte num sanatório entre 1944 e 2009 Conheci a Milú tinha eu na altura 18 meses, e ela 12 anos. Quando digo conheci, aos 18 meses, não se pode conhecer alguém, e para mais eu, que era cega de nascença, por aquela altura. A Milú era filha única, dum casal formado por pessoas rudes, e por ventura brutas também, talvez pelo facto de que usavam e abusavam do vinho, coisa que na época era absolutamente normal. Era uma menina, muito bonita, que despertou a atenção dos meus tios, solteiros na altura. Como tudo começou, eu não sei bem, mas sei que ela, devido a uma gripe, contraiu o bacilo de da tuberculose, aos 13 anos de idade. Lembro-me de que namorou o meu tio Abílio, e que entre eles houve relações sexuais, o que na altura era um escandalo. Pois moça a quem isso acontecesse, ficava marcada para toda a vida, se o namorado por qualquuer razão não quizesse casar com ela. Foi exactam ente isso que aconteceu. Ela dizia ter sido o tio Abílio o primeiro e único, ele dizia ser mentira, e que o primeiro fora o tio Zé. Enfim como foi ou não foi, eu não sei. Só sei que a grande paixão dela, foi o tio Abílio. Bastante doente, com hemoptizes continuas, foi mandada para o Sanatório do Caramulo, onde passou alguns meses. Mandava fotografias, com outras doentes, mas ela era sempre triste. Voltou do sanatório, e como a paixão solapada, pelo Abílio era grande, e a tornava amarga, ela era por vezes mal educada e respondona para com os pais, que lhe davam grandes sovas. Eram aliaz frequentes as zaragatas naquela família. Se a Milú tossia, a mãe ralhava com ela, o pai ralhava com a mãe, e os meus avós ralhavam com os pais, era uma briga constante rsrsrsr. Depois desta explicação, realço apenas o facto de a Milú, ser uma pessoa, amarga, sem fé nem esperança. Vivia obsecada com o meu tio, e para além disso nada mais importava. Seca, desprendida, invejosa, nunca aceitou a sua condição de doente, nem nunca quis aceitar a cura, que por várias vezes se avizinhou. Ela era e queria ser, a coitadinha, a desgraçadinha, infeliz e doente. O meu tio não alimentou aquela situação, e casou com outra. Cá para nós, conhecendo bem o meu tio como conheço, penso que possivelmente, “não foi ele” rsrsrsr. Dada como curada, mais do que uma vez, não sei muito bem porquê, a doença retornava, e vinha sempre com mais força. Entretanto Milú casou. E infernizou a vida ao coitado do marido.Nessa altura eu já pouco convivia com ela. Mas sei que continuava a eterna revoltada, que não acreditava no bem, para ela só o mal existia. Até que 13 anos após ter odoecido, ela baixou ao Sanatório do Lumiar, hoje conhecido por Hospital Polido Valente, e lá, entre uma e outra hemoptize, sempre sem Fé e sem Esperança, possuida, por uma enorme revolta, acabou por falecer, aos 26 anos de idade. Por tudo isto, Milú foi a morte. O meu tio Zé, mais ou menos, em meados dos acontecimentos atrás relatados, conheceu a que é hoje minha tia, e que tinha, na altura mais 3 irmãs e 1 irmão, mais novos. Quando o meu tio casou, tinha eu 4 anos, e já via Graças a Deus, foi padrinho de casamento o meu avô paterno, nunca percebi bem porquê mas enfim. Como a senhora com quem o meu avô vivia, precisava duma criada, simpatizou com Clementina, irmã da minha tia, que era também muito bonita, e tinha na altura 12 anos. Assim, Clementina foi trabalhar para casa do meu avô. Mas este meu avô, valha a verdade, e á luz dos acontecimedntos recentes da nossa sociedade, foi também pedófilo, pois já com 47 anos de idade, seduziu a menina de 14 anos. Contudo, foi um amor verdadeiro, e juntou os trapinhos com ela, deixando a tal madama. Clementina, engravidou aos 15 anos. Durante a gravidez, e não sei como, contraiu também tuberculose. Eu era pequena, pois tenho mais 7 anos que o meu tio, filho dela, e não sei bem como tudo aconteceu. Sei que o bébé nasceu, veio para casa dos avós, e a Clementina, ficou internada no hospital. Este internamento prolongou-se por 10 meses. Durante esse longo tempo, ela nunca viu o filho. Mas nunca perdeu a Fé, nem a Esperança. Um dia, ouvi contar, depois duma radiografia, foi-lhe sentenciado um corte de costelas, termo que então se usava, para designar uma intervenção cirurgica aos pulmões. Contava ela que nesse dia, orou, orou muito, para que lhe fosse dada a graça da cura, a fim de poder conhecer e criar o filhinho. Cansada adormeceu, e dizia que, teria sido acordada com um leve afago, e que quando abriu os olhos, viu a figura da Imaculada Conceição, que a afagou, e que lhe teria deixado sobre os pés um pedacinho de tule, uma reliquia que ela guardou sempre, com toda a fé e respeito. O certo é, que ao fazerem-lhe novos exames, preparativos da intervenção cirurgica, os médicos verificaram que ela não tinha o mais leve vestígio de tuberculose. Clementina, voltou para casa, criou o filho, e foi mãe de outro 2 anos mais tarde. Muito trabalhadora, foi uma moira de trabalho toda a sua vida. Mas também foi uma mulher boa, doce, meiga,e que nunca se revoltou contra a vida. Temente a Deus, pessoa de muita fé, sempre seguiu a sua vida com muita alegria de a viver. Por esta altura, e como o meu avô era meu padrinho, eu passei a chamar-lhe madrinha, pois não me parecia berm chamar avó a quem era mais velha do que eu 8 anos rsrsrsrsr. Lembro-me que o meu avô esteve muito mal com uma trombose, Clementina, tratou-o com desvelo, apegou-se á sua Fé, fez uma promessa a Srª de Fátima, e o meu avô curou-se, sem sequelas. A Fé move montanhos, assim se diz. Só que mais tarde, levado por outra seita religiosa, o meu avô renegava aqueles acontecimentos, dizendo serem obras do demo. Mas Clementina, muito embora não o contrariasse, sempre acreditou. E foi essa sua confiança, e esse seu acreditar, que lhe deram força, para viver, e ser feliz. Faleceu há 3 meses, com 77 anos, e deixou muita saudade. Clementina, foi a vida! Quero ainda frizar, que estes 2 casos, de doença, ocorreram na mesma altura, sensivelmente, e elas tinham, pouca diferença de idade, Milú era só uns 2 anos mais velha. E conheciam-se. Lylybety
Publicada por lylybety em 9:29 PM  
Etiquetas: contos, morte e vida num sanatorio

DE REPENTE

Quando o homem perder a capacidade de ter esperança, apague o arco-íris. (Mário Lago, ator brasileiro)

Hoje, conto com a contribuição do Professor Marcos Méier, que através do seu livro, MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM nos faz reflectir sobre algumas situações que estão presentes nos noticiários diariamente. Antes que leia o texto, eu me pergunto e lhes pergunto, até onde nós também não temos responsabilidade por tudo isso? Pode ser que sim, pode ser que não... Mas De repente!

De repente a pista do aeroporto mais utilizado de Portugal não escoa mais a água da chuva, ficou, de uma hora para outra, sem sistemas de escoamento.

De repente descobriram que existem controladores de voo. E que são em número insuficiente.

De repente apareceram jovens armados, em pleno dia, e arrancaram as pessoas de dentro do carro. Menos um menino.

De repente cidadãos comuns são aterrorizados com telefonemas de sequestradores, de dentro de prisões que, calmamente, tiram nossa paz.

De repente uma marquise cai matando algumas pessoas.

De repente uma quadrilha rouba um carro e queima-o com a família ainda lá dentro. De repente traficantes invadem um colégio e agridem gravemente o director que tentava evitar a invasão.

De repente uma professora denunciou o tráfico na escola onde trabalha e teve sua vida ameaçada por ex-alunos seus.

De repente a safra da soja não poderá ser embarcada, nem exportada. Não pelo porto de Paranaguá.

De repente uma avaliação internacional sobre a qualidade da educação descobre que o ensino em Portugal é tão deficitário que há adolescentes escolarizados, mas semi-analfabetos.

De repente irão descobrir que há algumas faculdades de Portugal formando advogados, médicos, engenheiros, professores, psicólogos e tantas outras profissões, sem um mínimo de qualidade nem de condições de formar profissionais adequados às exigências da profissão nem da decência.

De repente se descobre que o Estado é tão incompetente que é melhor garantir a entrada de alunos de algumas escolas na universidade por meio de quotas.

De repente será descoberto que se a taxa de crescimento do PIB for maior que a atual., vão faltar estradas, portos, aviões, contentores, silos de armazenagem, infra-estrutura em geral.

De repente vão descobrir que em algumas cidades portuguesas o Estado não tem mais poder que um grupo de bandidos que, repentinamente, adquiriram espaço.

De repente todos saberão que uma passeata com muito barulho, faixas e T-shirts brancas é vista por alguns políticos apenas como "reacção natural".

De repente minha empregada disse: "Acabou o gás, a senhora pode sair para comprar outra botija?" E aí eu estouro. Brigo; pergunto: "Por que não avisou antes, quando usou a botija de reserva? Pelamordedeus! Tem que esperar aparecer o problema para pensar em uma solução? Não dá para planear? Não dá para pensar nas consequências e agir antecipadamente? E o pacote de margarina? Precisa esperar acabar totalmente para só então pedir para comprar outro? E o detergente para lavar louça, tem que esvaziar totalmente para lembrar que precisa mais? Os pêlos da vassoura caíram de uma hora para outra???" Essa minha empregada! Quanta falta de bom senso! Ela espera o problema aparecer para correr atrás de uma solução. Não consegue agir antecipadamente. Não consegue ser pró activa. Acho que ela não compreende essas coisas, coitada. Não consegue planear nada. Mas é muito querida com as crianças. Fechem a pista. Tem dois milímetros de água nela. Rápido! Caiu uma chuva de repente. Porque será que tudo ocorre de repente?
 Lylybety

sábado, julho 02, 2011

A ARTE DE PENSAR DE MÁRIO QUINTANA


DEFICIÊNCIAS



Mário Quintana


'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
'Surdo' é aquela que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
'Paralítico' é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"A amizade é um amor que nunca morre."




...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Mário Quintana